segunda-feira, outubro 17, 2005

[ Tempo ]

Andar para onde, caminhar em qual caminho, seguir sempre em frente, sem olhar para atrás.
Nem sei o que dizer, mas sei o que passa em minha consciência...
Cansado, vivo ou morto, sou procurado, sou foragido, preso pela corrente da saudade...
Amor que não se dá continuidade, apenas esperança prevalece...
Sou estranho, bizarro e sarcástico...
Me divirto com esse lixo de cidade urbana...
À procura da coisa certa, mas pensando na errada...
Viver é preciso, aprender com o que me omito...
A lenda continua queimando dentro de mim, aquela chama nunca se extinguiu, apenas se amparou em algum lugar dentro de mim...
Tanto trabalho, tantas dívidas, tantas preocupações cretinas...
Entendo a minha posição, mas quem é que irá me entender...
Só ele lá de cima mesmo, tirando a neblina em meu caminho, me vendo apenas como um de seus filhos...
Sempre ao meu lado, sempre comigo, sempre escondido...
O enigma continua, a peça do xadrex vai se mexendo, estratégias vão aparecendo, pessoas vão morrendo, imagens vão se apagando, os olhos se fechando, vejo meio sem foco, apenas enxergo uma chama de longe, representando minha fé, mostrando que devo sempre continuar buscando a vida...