quarta-feira, junho 05, 2013

[ Fragmentos de Melancolia ]

Uma dor inexistente, um sentimento não sentido, uma variação de tristeza e alegria.
A sensação de vazio predomina, um calor frio na nuca da gota de suor, um calafrio na espinha, não saberia dizer, uma incapacidade de distinguir as sensações, os sentidos, um descontrole emocional e mental.
O cérebro parece trabalhar em coma, executando suas funções padrões, sem capacidade de novos estímulos, apenas o necessário para sobreviver, se manter vivo, coexistir nesse mundo.
O corpo segue o que o cérebro coordena e ordena, somente as suas funções básicas, ande, acorde, tome banho, trabalhe, dirija, coma, beba e durma.
O corpo é apenas o instrumento, o fantoche, o modelo vivo, um mero manequim orgânico caminhando nesse ecossistema insano chamado mundo.
A rotina continua seguindo o seu curso normal, engessado, preso, imóvel, irreversível, um vício, um sistema, um loop infinito.
Somos o maquinário deste mundo, a ferramenta de trabalho, que faz girar essa bola gigante de seres que respiram e uma hora simplesmente param de respirar.

quarta-feira, março 16, 2011

[ Humanidade ]

Confabulando a história de novos momentos estranhos e bizarros. Sim, eu sou uma mistura maluca de certezas e incertezas. Quem não é também. Estava pensando em mudar um pouco de estilo, talvez esse seja o momento propício novamente. O mundo a cada dia me deixa mais desnorteado com as constantes inconstantes deste planeta insano chamado Terra. As pessoas ultimamente estão sendo pequenos robôs que vivem em função de um sistema que não funciona faz tempo. Será que a culpa seria do mundo ou das pessoas. Talvez o mundo tenha suas nuanças de natureza e modificações perante as nossas estúpidas destruições do ecossistema. As pessoas estão piores acredito, por que neste mundo a vida se leva de forma tão frágil e intensa. Qual seria essa nossa necessidade de ser, de crescer, construir e destruir. Não sei ao certo, acredito que talvez a melhoria de uma sociedade como a nossa, se ao menos déssemos 5 minutos de atenção ao próximo. Não digo ao próximo, como nossos familiares, mas digo ao próximo desconhecido, qualquer que você possa cruzar na rua. O mundo já está tão destruído e acabado, que as pessoas nem se importam com o básico. A convivência, o respeito, o espaço do outro, parece que a educação não existe mais no dicionário como palavra. Assusto às vezes com as atitudes das pessoas no dia a dia, parece que é cada um por si e todos contra você. Um pequeno gesto pode ser causa de uma morte imediata. Constantemente ameaçados por qualquer ser humano que num momento de raiva, angústia, menosprezo, não saberia dizer qual o motivo, mas talvez não seja importante, cada um tem o seu na sua própria realidade. Talvez eu me sinta assim, pois fui criado com muito amor, carinho e com uma família de verdade. Por que em relação a cerne de cada pessoa, complica demais, não muda, talvez aprenda, mas ela não muda independente de cada ensinamento ela não muda. Todo mundo diz que as pessoas mudam, mas na realidade, elas não mudam, apenas se contem, tentam evitar, mudar seus costumes e hábitos, mas de resto a pessoa nunca deixará de ser a mesma. E como tentamos mudar o tempo todo, às vezes pra agradar, pra ser aceito, pra acreditar, quem sabe dar um voto de confiança ou algo do tipo. No final pode dar certo, nem que seja por um tempo curto, mas pode também dar errado e o tempo virá longo. Das desgraças não esquecemos, lembramos e guardamo-las praticamente pelo resto da vida, mas das alegrias parece que é uma questão de segundos, será que não temos essa consciência de manter ao menos, nem que seja um pouco essa alegria causada, seria necessário apenas lembrar-se delas nos momentos que desejamos algo igual aquele momento único que já foi seu. Aquele momento especial, inesquecível de se transpor novamente em palavras. Seria mais importante um gesto ou um sentimento, uma ação ou uma idéia, um pensamento ou um sonho. Tantas coisas para se pensar e às vezes parece que nem o artista que vai pintar um quadro e num tem inspiração de fazê-lo. Fica aquela canvas branca olhando para ele e o mesmo olhando tentando fazer acontecer algo brilhante, único, surrealista talvez. Por que as figuras não necessitam de um significado correto especificamente, talvez seja apenas uma simbologia, uma maça que num é uma maça, mas um violino que parece uma maça. Os nossos sentimentos não sabem expressar bem ao certo aquilo que queremos e talvez na imagem da maça te faça pensar naquele momento que estava na sala ou na floresta onde tinha uma maça, ou você colheu a maça ao lado da pessoa e parecia um momento em câmera lenta como se tocasse uma música invisível por isso do violino. Existem mil nuanças que podem ser examinadas ou hipóteses que podem ser feitas, cada ser humano imagina a própria identidade ou história em sua mente. Realmente sentimento é algo impossível de explicar e demonstrar, tentamos isso a todo o momento, de inúmeras formas diferentes, pela arte, música, desenho, gestos, olhares e afins. Como explicar o amor, seja por Deus na religião, seja de um amor materno, seja um amor de amizade, amor de compaixão, amor platônico ou talvez um amor solidário. Qualquer um deles seria muita pretensão de tentar expressar, somente sentindo eles sabemos diferenciar. O mundo precisa de uma solidariedade coletiva de todos os povos, nações, religiões, cores e afins. Infelizmente estamos no apocalipse total da humanidade e ser na mudarmos agora, não terá mais volta. O mundo irá se acabar. O mundo irá acabar engolindo o próprio mundo, a humanidade irá engolir a si mesma. Será o nosso fim.

sábado, outubro 30, 2010

[ Evolução ]

Aqui estamos pensando e viajando no tempo que nos foi dado nesta vida. Aos poucos imaginando um mundo diferente à frente, comentando e criticando-nos mesmos em nossa mente. Estranho ficar aqui parado como estou no momento, nunca me vi tão imobilizado como agora, num sei se é a idade que está chegando cada vez mais. Será que finalmente estou maduro, não digo sobre a responsabilidade que sempre me foi imposta, mas talvez em relação aos meus sentimentos. Engraçado quando chegamos num momento que temos certeza de que sabemos exatamente o que queremos, digo em relação ao amor. Por que sobre o meu trabalho a coisa está totalmente fora de controle, simplesmente acho que sei o que quero, e achar num é uma coisa muito boa nesta fase da minha vida. Parece que sempre temos que ter alguma certeza na vida, pelo menos em alguns aspectos acredito ou as certezas vão aparecendo conforme a nossa necessidade de decisão.

Por isso que o mundo é um local sensacional de se viver, ou apenas aqui no Brasil que seja assim essa miscelânea o tempo todo que eu amo. É só você andar um dia sem compromisso pela avenida paulista, cada coisa que a gente vê que é uma comédia ou tragédia. O positivo e o negativo trabalhando para tentar achar o equilíbrio, de um lado um cara mendigando por comida do outro lado alguém numa Mercedes passeando com a sua esposa. Eu to tentando achar o meu equilíbrio enquanto o mundo continua a rodar, surpresas seguirão no caminho, problemas vão aparecer, amores irão ceder, sentimento forçados a fluir, mas a força de vontade é maior que tudo isso junto e misturado. O livre arbítrio segue o seu curso.

Será que Deus às vezes simplesmente para o tempo e vê tudo de câmera lenta, só pra dar uma checada como andam as coisas, percebe-se até pela ciência que o tempo é algo muito relativo. O tempo de Deus deve ser diferente do nosso provavelmente aqui o que demora anos lá é algo de segundos ou ao contrário. Quando somos muito jovens queremos que o tempo passe mais rápido para podermos não ser mais crianças, quando crescemos queremos que o tempo demore mais para apreciarmos mais as oportunidades que vem com certa idade.

Cada idade vem com a sua particularidade, quando tempos 5 anos de idade a idéia básica é comer, dormir e tentar entender as coisas ao nosso redor. Ver sem saber o que é e simplesmente interpretar da forma mais simples em que nosso cérebro possa processar. Aos 10 anos é o momento das brincadeiras, dos brinquedos, das discussões com as meninas e dos desenhos desconexos. Chegando aos 13 anos nos evoluímos sexualmente, pelo menos fisicamente, analisando as diferenças dos sexos e principalmente os primeiros beijos inocentes. Aos 15 anos o pulo é enorme, de repente éramos crianças agora já somos pré-adolescentes, com mais consciência imposta pelos pais e tios. Quando chegamos aos 18 anos meu amigo, as coisas pegas fogo, já nos tornaram adolescentes e maiores de idade, não necessariamente de mentalidade. Somos rebeldes, chatos e tudo se torna complicado e complexo. Começamos o processo de identidade própria, seja nas roupas que vestimos as músicas que escutamos e principalmente qual profissão iremos seguir. Sim, o vestibular existe e é cruel pra quem num tem a mínima idéia do que fazer, mas terá que decidir rapidamente.

A parte da responsabilidade aperta um pouco mais com a idade, mas também vem com as vantagens. Sair até a hora que quiser dirigir o carro sem rumo, entrar nas baladas, bares e festinhas particulares. A liberdade em forma de automóvel reina neste movimento de possibilidades antes nunca possíveis. Quando simplesmente entramos em uma faculdade as palavras não são passíveis de explicação para tanta informação em tão pouco tempo de assentamento. Os mundos das possibilidades abertos para o comércio sejam com as bebidas, com os amigos, com as mulheres, com os professores, com as matérias que nem sabíamos da existência e muito menos do entendimento da necessidade das mesmas. O primeiro estágio ou primeiro emprego já te beliscando aos poucos. Esse período tomaria muito do meu texto, pois foram 3 faculdades diferentes, mas vamos chegar ao presente momento.

Vamos dar um salto de 10 anos então, finalmente na idade de 27 anos chegando aos 28 anos até o final deste ano. Caramba, logo mais farei 30 anos de idade, assusta só de pensar. Esse período já estamos trabalhando há um tempo e não necessariamente no mesmo local, já estamos começando a definir um local seguro ou mais promissor eu diria. A responsabilidade é o seu segundo nome, acompanhada de compromissos, boletos, contas, despesas, empréstimos e o princípio de começar a sua vida sem os pais. Não digo que eles não estarão presentes, mas os caminhos a partir daqui é só seu. As decisões só dependem da sua coerência, os pais aconselham, mas quem escuta não. Os pais devem ficar comentando a noite um lado do outro, eu sei amor, vai acontecer isso, isso e isso. Mas deixa amor, vai ser bom para o aprendizado dele, adoro essas palavras e diálogos típicos de filme. Sim, o roteirista tenta buscar o público com as coisas próximas do nosso adorável cotidiano, para que possamos identificar com a nossa realidade e o filme vira um sucesso.

O problema começa quando a vida deixa de ser o filme que imaginamos e percebemos que é a nossa realidade. A nossa vida que estamos brincando, a qualquer momento podemos perder o rumo e pra voltar é complicado. A nossa meta é uma reta infinita e o nosso foco tem que ser certeiro. As dúvidas vão aparecer como sempre, mas a decisão não pode ter incertezas. O pior é quando não temos absoluta certeza da decisão, mas sabemos que de uma hora para outra ela virá à tona. Cobrando e questionando a si mesmo, você começa a perder o rumo aos poucos. Todo mundo quer dar um opinião sobre a sua posição, quer um resposta em que ainda não posso dar. É exatamente neste momento que precisa tomar uma posição e seguir com ela até o final dos tempos. A paciência e a reflexão são as suas poderosas armas, exercite as duas que chegará a conclusão correta. O resto somente o tempo vai dizer se estava certo ou errado, mas nunca se questione depois da posição tomada, senão você vai enlouquecer a si mesmo.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

[ Meu Dengo ]

É complicado tentar entender o que não sabemos definir, ainda mais quando começamos a sentir algo nunca antes sentido. O amor e a paixão andam juntos, por que sempre confundimos um com outro, depois misturamos tudo no final e não sabemos mais o que realmente é. São nesses momentos que o coração fala, espera e tenta entender o que você realmente este sentindo pela pessoa amada. Quando acontece de verdade, este momento sublime, onde o coração bate a mil por hora, suas mãos começam a suar, você começa ficar nervoso, sente aquele frio na barriga e alguns calafrios na nuca. Devagar vai ser deixando levar pelo momento, de repente parece não exister mais nada, nem ninguém por perto, apenas os dois se transformando em um ser só. O calor vai crescendo, os sentimentos aumentam, as mãos se perdem nas curvas, o perfume te deixa desnorteado ao passar ao lado do pescoço, aquele beijo indescritível. Uma mistura louca que você não quer que acabe mais, um dengo, aquele dengo, um dengo único, é o meu dengo.
Um dengo, meio dengoso, um calor estrondoso, um frio misterioso, um cheiro mortal, um beijo gostoso, um corpo ardente, um sorrisso carente. Uma pessoa que simplesmente chegou para ficar, com seu jeito sedutor, uma presença avassaladora, um beijo alarmante, é uma musa inebriante de humanos. De que mundo veio está musa? Me explique como pode ter acontecido? Qual a razão de fazer o que fez com meu singelo coração sofrido? Quero sentir está química para sempre, quero mais, quero tudo que tenho direito, o pouco que representa muito, e somente ela sabe como fazer isso. Meu dengo, minha musa única, a pessoa que conseguiu destronar a enorme barreira que existia em volta do meu coração. Engraçado pensar que após anos de espera, em apenas 1 dia ela mudou todo o sentido da minha vida. Apesar dela estar longe de mim, sinto ela ao meu lado a todo instante, dentro e fora de mim, respiro e vejo pelos seus olhos lindos. Será que sobreviverei sem ela? Não saberia dizer, só sei que o que sinto é real, é de verdade, é pra valer. Quanto tempo irá durar? Não saberia dizer também, mas em mim parece que será eterno, infinito, cósmico. Eu diria que espero o tempo que for, apenas para poder sentir aquele beijo mais uma vez. Meu dengo, saiba que estou aqui, esperando você, esperando o nosso legado reinar denovo. Que o Sol brilhe ainda mais com sua volta, pois você é a luz que acende a minha alma. E somente você poderia manter esta chama dentro de meu coração. Deus sabe o que faz, ele trouxe você para a minha vida. Que a fé dentro de mim, continue cresçendo junto com o nosso amor. Aqui deixo o meu apelo, minha saudade, meu sentimento.

quarta-feira, setembro 17, 2008

[ Insípido ]

Mais um dia de stress e rotina, não sei mais o que fazer, não sei o que eu quero, não sei o que eu sinto, não sei de nada. A única coisa que tenho certeza é que não queri nada disso pra mim.
O dia parace não ter começo, meio e fim.
A rotina me corrói por dentro, o trabalho eu não aguento.
Do amor não espero nada, sinto falta de carinho na madrugada.
Acordo todo dia nesta vida endiabrada, camelando para pagar as dívidas de casa.
Preciso de algo novo, preciso me recuperar, renovar, preciso mesmo é me apaixonar.
Num aguento esse relacionamento de dúvidas, onde nunca sei até onde posso chegar.
Estou empacado num beco escuro, sem nenhuma luz para me iluminar.
A ilusão de uma esperança, que parece nunca chegar.
Um coração desolado, sem ninguém para compartilhar.
Quero algo para me suprir, me mudar, fazer alguma loucura, achar um amor de verdade.
Talvez eu que num aprendi a realidade de amar alguém.
Um amor insípido, transparente, que mais parece uma solução saturada onde não se consegue adicionar, uma química onde não se forma nenhuma composição real.
Vivo nessa ilusão de estar amando alguém, onde no fundo não sei nem se estou amando, ou me enganando, pois no fundo o que mais quero é amar.
Aquela luz sublime no olhar, quando existe a complacência, amor, sentimento de verdade.
Hoje olho com carência de amar, esperando um sinal que não sei se vai chegar.
Creio nele, me iludo nele, faço tudo para dar certo, mas nunca parece o suficiente, capaz de bastar.
Não sei ser imprevisível, não seria meu real eu, seria alguém que sempre viveu em mim.
Uma pessoa que vive, curte, sai, beija, fode e para quando não aguenta mais viver desta forma.
Simplesmente se matando aos poucos, em cada gole de bebida, em cada trago do cigarro, em cada relacionamento desperdiçado.
Acho que nunca amei de verdade, se amei não sabia que estava amando, talvez a verdade não fosse essa.
Não sinto o que já senti antes, não faço mais tudo como fazia antes, não sei se perdi a identidade, ou simplemente nunca a tive.
Sempre iria buscando a identidade mais próxima da realidade em que estive vivendo nestes anos, envelheço, mas não evoluo.
Engano, mas continuo.
Enrolo, mas me engano denovo.
Um desenrolar sem fim, onde sempre começo certo ou errado, mantendo o meio como se estivesse certo desde o começo e pareço não saber nunca como terminar.
Engraçado, terminar algo, como posso pensar em terminar, se nem sei se começei de verdade, apenas continuo vivendo no meio desta minha loucura.
A minha loucura não tem fim, será que viverei sempre assim?
Quem sou eu para saber, só ele lá em cima para me dizer ou tentar me ensinar.
Por que desta minha cabeça errônea que não sabe, ou não consegue raciocinar.
Parece nunca aprender o que alguém realmente pode vir a me ensinar.