quarta-feira, junho 05, 2013

[ Fragmentos de Melancolia ]

Uma dor inexistente, um sentimento não sentido, uma variação de tristeza e alegria.
A sensação de vazio predomina, um calor frio na nuca da gota de suor, um calafrio na espinha, não saberia dizer, uma incapacidade de distinguir as sensações, os sentidos, um descontrole emocional e mental.
O cérebro parece trabalhar em coma, executando suas funções padrões, sem capacidade de novos estímulos, apenas o necessário para sobreviver, se manter vivo, coexistir nesse mundo.
O corpo segue o que o cérebro coordena e ordena, somente as suas funções básicas, ande, acorde, tome banho, trabalhe, dirija, coma, beba e durma.
O corpo é apenas o instrumento, o fantoche, o modelo vivo, um mero manequim orgânico caminhando nesse ecossistema insano chamado mundo.
A rotina continua seguindo o seu curso normal, engessado, preso, imóvel, irreversível, um vício, um sistema, um loop infinito.
Somos o maquinário deste mundo, a ferramenta de trabalho, que faz girar essa bola gigante de seres que respiram e uma hora simplesmente param de respirar.

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